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Saiba mais sobre Moda

Segundo o livro A Invenção da Moda. “De acordo com Nystron, moda é o estilo predominante num determinado tempo. Já segundo King, a moda é um processo de contágio social, quando um novo estilo ou produto é usado pelo consumidor mediante a uma divulgação comercial.” (BALDINI, 2006) Essa se diferencia de uma coisa chamada traje, que segue tradições dos antepassados, já a moda imita o que está em um tempo mais próximo. Ou seja, uma pessoa usar calça não é moda, é traje, mas alguém escolher o comprimento, a cor, o tecido da calça, isso sim, é moda. Como diz Lipovesky. “Muitas vezes dita como fútil por pessoas intelectuais. Por parecer algo não útil, ai que se devia ser pesquisada seu lado teórico. A moda está em toda parte!” (LIPOVESKY, 2008)

 A moda é celebrada no museu, é relegada à antecâmara das preocupações intelectuais reais; está por toda parte na rua, na indústria e na mídia e quase não aparece no questionamento teórico das cabeças pensantes. (LIPOVESKY, 2008)

História da Moda
     A Moda foi nascer a partir da idade média, isso tornou- se possível a partir da individualidade humana. Mas isso não quer dizer que já há milênios atrás existiam pessoas preocupadas com o exterior.
      Desde a Era Glacial da Europa, o ser humano já se vestia para se aquecer, a princípio com pele animal. Com o tempo foi se modificando, sendo usadas roupas de seda, lã e linho. As roupas primitivas do Vale do Nilo distinguiam as classes sociais, escravos andavam nus e as mulheres de classes usavam corpetes bem apertados. Para os gregos, nudez não era problema, eles até iam sem roupas para guerras. Até chegar a Moda Moderna teve bastante variações.

É essa verdadeira máquina de integração que demonstra exemplarmente desde o aparecimento da alto-costura a faculdade parisiense de formular conceitos e de, através dos filtros, dar consistência e conferir existência para a atmosfera da época, ao bom-tom, ao gosto do momento e a um estilo que às vezes veio de muito longe. (BAUDOT, 2002)


Moda Moderna
          Na metade do século XIX que moda se instalou de um jeito moderno. Assim começa a surgir a alta costura. A Moda feminina ganha força. Claro que existia moda masculina, mas a feminina tinha desfiles, mudanças a cada estação. E nesse segmento Charles-Frédéric Worth, foi o primeiro em 1857, fundando sua MaisonEm 1910, na década de 10, aconteceu a Primeira Guerra Mundial que provocou mudanças no comportamento feminino, que passou a assumir profissões e trabalhos antes vistos como masculino. E mudança no vestir, a moda era usar roupas em tons escuros, os vestidos foram ficando mais curtos para melhor a locomoção.
      Com o término da Guerra, as mulheres continuavam a conquistar independência e já tinham o hábito de cortar os cabelos. Foi no final dessa década que surgiu as saias barril que iria continuar na moda nos anos 20.
      O chamado “Anos Loucos”, década de 20 foi uma época de muitas mudanças. O esporte influenciou muito a moda das décadas seguintes. O estilista Jean Patou,,, criou uma loja com roupas de esporte para ser usado no dia-a-dia para sair, usar shorts curtos para sair, era chique. O cinema ganhava destaque influenciando a moda. As pessoas gostavam de dançar, ritmos como jazz, foxtrot e charleston. As saias encurtaram ainda mais ficando abaixo do joelho, em festas só as caudas dos vestidos eram longas, e as meias claras para se igualar a cor da pele. Os vestidos pareciam “tubinhos”, com a cintura marcada abaixo do quadril, eram usados também por baixo da roupa os “achatadores”, de seios, utilizados para segurar e moldar os seios.
      Até o cabelo das mulheres encurtaram, a maquiagem ficou mais acentuada.     Os sapatos eram presos com alças no peito do pé. E o chapéu cloche um ícone desses anos, parecia bordão de um Sino, com abas laterais caídas.
      E acontecia a democratização da moda, com Chanel, introduzindo em seus modelos, coisas ditas como “pobres”, exemplo: gola e punhos de camareira, lenço de cabeça de operário, entre outros. Começou a existir certa simplicidade nas roupas de luxo, o conforto era importante, era chique não parecer rico, como fala no livro Império do Efêmero.

A democratização da moda não significa uniformização ou igualação do parecer; novos signos mais sutis e mais nuançados, especialmente de grifes, de cortes, de tecidos, continuaram a assegurar as funções de distinção e de excelência social (LIPOVESKY, 2008)

      Na década de 30, o cinema continuava, d ditando e influenciando a moda. Os vestidos usados à noite aumentaram o tamanho, diferente dos anos 20 que os vestidos foram encurtados, eles voltaram a ser cinturados, mas de uma forma sutil.
      Diferente da década de 20 que focava mostrar as pernas, na década de 30, à moda era mostrar as costas, com um decote para dar uma sensualidade, mas em contra partida a década anterior, anos 20, as roupas voltaram a ser romântica. Devido a prática de esporte das mulheres da década de 30, começou a ser usado shorts e calça pantalona[1] na saída de praia, e sandálias com a calça. E o cabelo voltou a crescer, e aqueles cortes curtíssimos na década de 20, já havia passado. Foi no fim da década de 30, em 1939 que começou A Segunda Guerra Mundial, isso com certeza provou mudanças na próxima década, a de 40.
      Com a vinda da guerra, houve racionamento que atingiu a moda também, as roupas femininas ficaram mais masculinas. Havia limites para se comprar tecidos, cada pessoa tinha uma cota.

A moda da segunda metade dos anos de 1930 começou a ganhar certa masculinização influenciada pelos uniformes dos soldados, como um prenúncio dos anos de guerra. (BRAGA, 2011)

A plataforma foi muito usada. Os cabelos ganharam pouco destaque e eram geralmente presos pela falta de bons produtos e cabeleireiros. Pela recessão de nylon, usados na fabricação de paraquedas, as mulheres pintavam as pernas com pasta cor de pele. Como disse João Braga em seu livro História da Moda: uma narrativa. “Tudo pela Moda”. (BRAGA, 2011)

[1] Calça larga, que vai se alargando ainda mais da cintura até o pé.

Os ombros eram bem marcados, e era muito usada a saia-calça pela praticidade, já que as mulheres ocupavam trabalhos masculinos e andavam muito de bicicleta devido o racionamento.
      Com o fim da guerra em 1945, foi feita uma exposição na França com vestidos dos grandes nomes da moda, foi vista no mundo inteiro, todavia o país voltou a ditar moda reconquistando seus clientes e o nylon de volta.
      Apareceu nos Estados Unidos em 1945 o Ready o Wear que visava fazer roupas na moda e de qualidades, inspirada na alta costura, com um mesmo modelo em toda numeração. Logo depois franceses se apossaram da ideia, chamando assim de Prêt-à-Porter. Com isso, todas mulheres poderiam se vestir bem, sem gastar muito. Em 1947, Dior lançou uma linha para devolver a feminilidade às mulheres, chamada de New Look, essas roupas tinham cinturas bem marcadas e saias bem volumosas, e o famoso formato de guarda-chuva. O “New Look” seria o grande destaque da década de 50. Como dito no livro História da Moda: uma narrativa. “Estava lançada toda a base que seria a grande referência da moda nos anos de 1950.” (BRAGA, 2011)

Toda essa história antecede os anos 50, e influencia o que seria a moda da década de 50.


Moda da década de 50
     Década de 50, chamado também de anos dourados, foi uma década de muito luxo e glamour, os vestidos tinham cinturas bem marcadas e para acentuar esses, algumas pessoas usavam um cinto. Acinturado, grande destaque dessa época com o New Look de Dior. E foi nesse período em que os jovens começaram a ter sua própria moda também. 
      Época de vestidos bem rodados, femininos e românticos. As mulheres eram donas-de-casa dedicadas a família e a seus filhos (baby-boomer), bebês nascidos no período pós-guerra, mas tudo isso com muita elegância. Mesmo estando elevada a alta costura, segundo o livro Império do Efêmero, “60% das francesas ainda optavam por costureiras para fazer suas roupas.” (LIPOVESKY, 2008)
    A França continuava ditando moda, mas tinham outros países que entravam na moda, como Estados Unidos e Inglaterra. A Alta costura se manifestava bastante, considerada um “monopólio”, só para pessoas ditas como rica. Já as indústrias e confecções inspiravam-se no luxo, criando assim roupam mais baratas para o resto da população.  Nesse momento que o Prêt-à-Porter, ganhou força, antigo Ready to Wear da década de 40. Ele ganhava sofisticação na Inglaterra. A alta costura foi perdendo terreno e o Prêt-à-Porter ganhando força.
      Voltando ao glamour da época. O New Look de Christian Dior foi o grande destaque na década de 50, todo glamour, feminilidade, romantismo perdido na época de Guerra, voltava com tudo através das criações de Dior, o New Look, com vestidos bem acinturados, vespa, e cheios de romantismo. Como diz no livro de Marie Francie Pochna: “O New Look, uma jogada perfeita de mestre, reconquistou para toda costura parisiense o lugar de honra apagado pela  guerra.” (POCHNA, 2000)
      Com a chegada da TV nessa década, ela começou a influenciar bastante a moda, muitas mulheres se inspiravam em suas atrizes preferidas e suas personagens.  A partir de então os jovens começaram a ter “vez” na moda e a ditarem a sua.
      Consequentemente, com o destaque dos jovens na sociedade, surgiu a linha college, que usava-se muitas calças “cigarrete”  com sapatilhas, cardigãs, meias soquetes, rabo-de-cavalo, paletó em forma de cardigã que era unissex de Gabrielle Coco Chanel. Essa sendo influência do esporte, como o cardigã que veio a partir do golfe.
      Os anos 50 tiveram nomes marcantes como Pierre Balmain; Norman Norell, conhecido por unir luxo e conforto; Roger Vivier conhecido por fazer o sapato da Rainha Elizabeth 2 em sua coroação; Cristobal Balenciaga, famoso pelo “separáveis”, que eram peças separadas como o nome já diz e podiam ser combinadas; e Gabrielle Coco Chanel, mas o destaque ficou com Christian Dior.
  

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